Lois Pereiro, poeta e jornalista
(1958, Monforte de Lemos - 1996, A Corunha)
A imagem de Lois Pereiro é reflexo da sua atitude fronte a vida: esgaçada, crua e espida coma os seus versos. Estes elementos determinarom o mito marginal e cosmopolita que o poeta personifica. A autodestrucçom, a desolaçom, a morte, som os temas predominantes na sua poesia. Da aniquilaçom á nostalgia foi o caminho literário que andou, deixando umha pegada cada vez mais funda em leitores cada vez mais novos.
Lois Pereiro nasce em Monforte em 1958. Realiza estudos de traducçom em Madrid, cidade á que marcharia com o seu irmão Xosé Manuel com só dezassete anos. La mantem-se economicamente vertendo ao castelhano filmes e series para a televisom.
Porém em Madrid vai estar vencelhado, por amizade e por projectos comúns, ao grupo que formava com Manolo Rivas, Antón Patiño ou Xavier Seoane. Com o esforço de todos, nasceram as publicaçons de pulo inovador, e agora já míticas, Loia ou Luces de Galiza.
Porém, os riscos assumidos na vida madrilenha de começos dos oitenta fijerom que Lois determina-se o seu regresso á Corunha, onde se mantenham os nexos com aqueles que constituíam o grupo de Madrid, e, de novo cá, viverá fundamentalmente do jornalismo. Isso sim, no eido poético participa na publicaçom colectiva De amor e desamor e integrara-se, durante 1984 e 1985, no colectivo de mesmo nome. Este feito permite que o público comece a conhecer a sua obra e a valore com comparência.
Ganha o Concurso Nacional de Poesia O Facho: todas as suas criaçons poéticas, espalhadas em antologias ou publicaçons colectivas, reúnem-se em Poemas. 1981/1991, em 1992. O seu primeiro libro publicado reflite já umha tendência etiquetada como punk, mui presente na sua vida. As razons para esta clasificaçom som, a saber, unha atitude certamente existencialista, de sarcasmo esmagador e corrosivo, um jogo de chiscadelas á autodestruçom e á morte. No entanto, as suas influencias semelham bem sofisticadas. Prioritariamente chegam-lhe do centro de Europa, do expressionismo austro-alemam, de Thomas Bernhard, Peter Handke ou de Carver. Mas nom há que esquecer que Valente é referente fundamental nos seus primeiros passos: ao seu abeiro nasce como poeta.
En 1995 aparece a Poesia última de amor e enfermidade. Com só dous livros publicados já define um estilo literário curto e tenso, qualificado como de economia expressiva: nom se excede em recursos formais, emprega abundantemente o estabelecimento dicotómico de realidades elementares (amor/desamor, vida/morte). Neste derradeiro libro, em vida, de Lois, que foi reeditado nos últimos tempos, atopa-se um novo jeito de entender a existência: para aprende-la em profundidade é preciso ter consciência da morte. Isto pode ter unha interpretaçom vitalista que encaixaria com a rígida etiqueta de poeta maldito, ao entender que esta postura fronte á vida nasce da sua mesma experiência, que se mergulha na linha que a separa da morte.
Ganha o Concurso Nacional de Poesia O Facho: todas as suas criaçons poéticas, espalhadas em antologias ou publicaçons colectivas, reúnem-se em Poemas. 1981/1991, em 1992. O seu primeiro libro publicado reflite já umha tendência etiquetada como punk, mui presente na sua vida. As razons para esta clasificaçom som, a saber, unha atitude certamente existencialista, de sarcasmo esmagador e corrosivo, um jogo de chiscadelas á autodestruçom e á morte. No entanto, as suas influencias semelham bem sofisticadas. Prioritariamente chegam-lhe do centro de Europa, do expressionismo austro-alemam, de Thomas Bernhard, Peter Handke ou de Carver. Mas nom há que esquecer que Valente é referente fundamental nos seus primeiros passos: ao seu abeiro nasce como poeta.
En 1995 aparece a Poesia última de amor e enfermidade. Com só dous livros publicados já define um estilo literário curto e tenso, qualificado como de economia expressiva: nom se excede em recursos formais, emprega abundantemente o estabelecimento dicotómico de realidades elementares (amor/desamor, vida/morte). Neste derradeiro libro, em vida, de Lois, que foi reeditado nos últimos tempos, atopa-se um novo jeito de entender a existência: para aprende-la em profundidade é preciso ter consciência da morte. Isto pode ter unha interpretaçom vitalista que encaixaria com a rígida etiqueta de poeta maldito, ao entender que esta postura fronte á vida nasce da sua mesma experiência, que se mergulha na linha que a separa da morte.
Lois Pereiro morre pouco depois, em 1996. Nesse ano do seu passamento, o seu irmão, Xosé Manuel, faz que saia á luz Poemas para unha Loia, constituído a partir de composiçons da época madrilenha, já publicadas naquela revista Loia, e dum ensaio: "Modesta proposiçom para renunciar a fazer girar a roda hidráulica dumha cíclica historia universal da infamia". Em ele expom moitas das suas ideias e convicçons sociais e políticas, oferecendo umha panorâmica que inclui unha cheia de referencias directas a escritores, filósofos ou políticos dos que bebe.
Ademais, deixou oito capítulos dumha novela inacabada, Náufragos do paradiso, publicados naquela revista que fora dirigida por Manolo Rivas, Luces de Galiza.
Mas Lois Pereiro também lhe pusera letras ás melodias do grupo punk Radio Océano, que o seu irmão liderava. Porque o esforço de Lois estivo canalizado cara á contracultura, na que militaba com veemência. E assim, as suas verbas também se debulham em fanzines ou em escolhidos guions.
Paginas da Revista Loia con pemas de Lois Pereiro
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